A cada dois anos, em um saudável revezamento, São Paulo e Rio de Janeiro se tornam sedes da maior festa do livro e da leitura do país, que tem por nome Bienal Internacional do Livro.
Este ano é a vez de São Paulo tornar-se, durante dez dias seguidos (06 a 15/09), uma imensa e apaixonante livraria — em sua 27ª edição paulistana —, especialmente preparada para satisfazer a todos os tipos de leitores, desde os iniciantes até os mais exigentes.
A ideia de trazer para o Brasil o modelo de grandes feiras de livros surgiu em 1950 e o primeiro evento, chamado Feira Popular do Livro, foi realizado nesse mesmo ano, quase timidamente, na Praça da República (SP). Nos anos seguintes a organização foi melhorando passo a passo, até que, em 1970, finalmente aconteceu a primeira edição do que hoje conhecemos como Bienal do Livro. Porém, ao longo do tempo, muita coisa mudou, com certeza, e ano a ano mais editoras aderiram, o público cresceu e as bienais tornaram-se, de fato, acontecimentos muito aguardados e concorridos.
Os números deste ano são ainda mais gigantescos: em resumo, estima-se que 660 mil pessoas passarão pelos corredores do Distrito Anhembi (novo endereço). Esses visitantes terão acesso a mais de 1.500 horas de programação, incluindo eventos com os 330 autores convidados, entre nacionais e internacionais, que participarão de sessões de autógrafos, palestras e rodas de conversa com o público. Sim, uma verdadeira festa!
Há quem critique eventos como a Bienal do Livro devido ao seu caráter comercial, ou seja, voltado para vendas. Bem... a pergunta que precisa ser feita: qual é o problema de ter foco em vendas de livros, no caso de um megaevento como esse? Até porque editoras e livrarias são empresas. E, sendo empresas, precisam de faturamento para se manterem ativas. Ou não?
Sim, que muitos livros sejam lançados, relançados, expostos e vendidos! Que muitas pessoas se apaixonem pela leitura e se tornem leitoras-colecionadoras de obras as mais diversas, porque, sem dúvida, a leitura é capaz de abrir portas maravilhosas para todos nós.
Quanto à venda em si, felizmente sempre há livros disponíveis para as condições de todos os bolsos, basta conferir.
E a todos os felizardos que poderão ir à Bienal de São Paulo este ano: comemorem e mergulhem com felicidade em cada estande, em cada prateleira, em cada pilha de livros e em cada página disponível nesse incrível — e muito feliz — mar de conhecimento!
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