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Foto do escritorEditora Arte Literária

Entrevista com Luciano Joaquim, autor de "Santa raiva, ao redor dos meus ouvidos", em "Por onde eu for, levo a música"


Confira a entrevista com o escritor:



Imagem do autor Luciano Joaquim.

Quando você entendeu, ou decidiu, que queria tornar-se um escritor? E com qual idade escreveu o seu primeiro texto?


A leitura e a escrita são memórias bem vivas dos meus anos de criança/adolescência. Comecei bem cedo, pegando carona no aprendizado de leitura do meu primo e irmã, que eram mais velhos e estavam aprendendo juntos, tinha uma verdadeira obsessão em ler tudo que estivesse ao meu alcance. Minha tia, que era assinante de um grande jornal, após fazer sua leitura, deixava na porta da minha casa o exemplar do dia. Quando eu acordava, iniciava o ritual, que ia da leitura das manchetes de capa até os classificados mais aleatórios. A partir dessa rotina a vontade de escrever nasceu e cresceu e tudo ficou mais fácil quando, por volta de 9 ou 10 anos, herdei uma máquina de escrever Olivetti azul “fusca”, que me motivou bastante na escrita dos primeiros textos.



Qual foi o tema abordado? Pode falar um pouco sobre o que lhe motivou a abordar esse tema?


Como bom filho dos anos de terror nuclear da Guerra Fria, boa parte dos textos eram voltados para questões como o uso da energia atômica, guerras e a preservação do meio ambiente, assuntos que ameaçavam o que eu imaginava do futuro. Na minha cabeça, não conseguia (e não consigo até hoje) entender a obsessão humana de destruir o seu próprio habitat. É claro, que com toda a inocência, imaturidade e pretensão daqueles tempos de criança que queria virar adulto logo e fazer alguma coisa para impedir essa destruição. Mais tarde, já na transição da adolescência para a vida adulta, escrevi dois exemplares de um fanzine sobre música. Infelizmente, fui perdendo os textos com o passar do tempo.



Hoje, você se considera um escritor de qual gênero literário?


Bem, no momento, estou engatinhando de volta a essa prática e a participação na coletânea Por onde eu for, levo a música foi a maior motivação, mas, ainda buscando retomar o hábito para evoluir. Gosto muito de narrativas, especialmente romances históricos e distópicos.



Qual é o seu maior desejo em relação à escrita?


Manter a inquietude da mente canalizada para algo que me traz satisfação e estabelecer uma conexão da minha visão de mundo com os leitores.



Pode citar o(s) seu(s) livro(s) favorito(s) e escritor(es) favorito(s):


Listar preferências é sempre complicado, mas, para ser bem objetivo, o que me vem logo à mente é a tríade: Cem anos de solidão, do Gabriel Garcia Marques, Admirável mundo novo, do Aldous Huxley e A revolução dos bichos, do George Orwell... Mas também gosto muito dos contos do Edgar Allan Poe, do H.P. Lovecraft e tudo escrito por Emma Goldman e Mikhail Bakunin.



O que está lendo atualmente?


A biografia do genial músico Lou Reed, Transformer: a história completa de Lou Reed, que me parece uma daquelas pessoas que viveram muito além de sua época e que pagou um preço por isso.



Para você, como a literatura e a leitura podem modificar a vida das pessoas, especialmente daquelas que gostam de ler?


Acho que quem lê muito se torna mais sensível e menos indiferente ao mundo em volta e, por mais dor que isso possa trazer, abre um horizonte de pensamentos e possibilidades para mudar nossa vida e contribuir para o mundo evoluir positivamente.


Na sua opinião, como os escritores podem ajudar a impulsionar o gosto pela leitura em nosso país?


Não se deixando abater pelo cenário adverso que vivemos, com essa luta desleal de combate à informação, ao conhecimento e à arte, que aqueles que dizem pejorativamente que “os livros são um amontoado de coisa escrita” insistem em propagar. Ou seja, seguir produzindo honestamente sempre, buscando sua própria identidade literária e apresentando olhares diversos sobre o mundo para as novas gerações, que jamais deixarão de se interessar pelos livros.



Algumas palavras para os seus leitores:


Só tenho a agradecer a quem parou um tempinho para ler algo que eu escrevi! É ótimo receber uma mensagem de alguém dizendo que se conectou com a sua história ou mesmo fazendo uma crítica construtiva. Espero, em breve, poder apresentar uma nova obra. E quem ainda não leu Por onde eu for, levo a música, comprem e desfrutem dos variados contos!

 


 


Capa do livro escrito "Por onde eu for, levo a música. Contos". Um círculo decorativo e com linhas retas e 1 linha ondulada, com cores pasteis.

A obra Por onde eu for, levo a música é fruto do primeiro concurso literário da Arte Literária. Foram selecionados 20 talentosos autores, todos explorando o incrível universo da música e dos instrumentos musicais.


Sinopse

Presente em todas as culturas do mundo, a música tem o poder de transformar, alegrar, divertir, fazer pensar, levar ao debate, expressar opiniões, expressar resistência, rememorar momentos felizes ou tristes, mudar escolhas e até mesmo condutas. Por tais razões, este livro reúne os vencedores do nosso primeiro concurso literário, todos eles escritores incríveis, amantes da arte, da escrita e da música.


Adquira o seu exemplar impresso ou e-book.


 

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