Confira a entrevista com o escritor:
Quando você entendeu, ou decidiu, que queria tornar-se um escritor? E com qual idade escreveu o seu primeiro texto?
Comecei a escrever porque era bom aluno e com mais dificuldades em Português do que em Matemática.
Qual foi o tema abordado? Pode falar um pouco sobre o que lhe motivou a abordar esse tema?
Era mais um diário e nem o tenho mais. Mudanças...
Hoje, você se considera um escritor de qual gênero literário?
Contista e teatrólogo. Acredito que tenha ido a vários gêneros. Com 89 anos e bisavô publiquei livro para crianças e me pareceu difícil demais. Tenho mais de 200 crônicas na Revista Rio Total e o único gênero que me deixa triste é a dramaturgia. Podia ter ido mais adiante.
Qual é o seu maior desejo em relação à escrita?
Ver peça teatral representada. Vi lida/representada, só que representada mesmo não. E tenho vários prêmios em teatro e até importantes. Peça representada? Não.
Pode citar o(s) seu(s) livro(s) favorito(s) e escritor(es) favorito(s):
De início Monteiro Lobato. Depois Dickens, Jorge Amado, Érico Veríssimo, Conan Doyle, Joaquim Nogueira, Leonardo Padura, Eça de Queiroz, Camilleri e por aí vai.
O que está lendo atualmente?
O Método Siciliano: uma investigação do Comissário Montalbano, de Andrea Camilleri. Policial, Sicília e um sabor macarrônico. Não espalhem: não li Ulisses e parei antes do meio da A montanha mágica. Ler é diversão. Já Medicina... Darwin dizia que pesquisar é fácil, difícil é escrever. Acho o contrário e tenho 105 trabalhos publicados em livros ou revistas de Medicina. Literários, são 27 livros.
Para você, como a literatura e a leitura podem modificar a vida das pessoas, especialmente daquelas que gostam de ler?
Primeiro a comida, depois a instrução básica, então a leitura. E cuidado com o que se oferece. Sejam evitadas lavagens cerebrais, via livros.
Na sua opinião, como os escritores podem ajudar a impulsionar o gosto pela leitura em nosso país?
Escrevendo e divulgando. Ótimo veículo também é a música. Banca do distinto, de Billy Blanco, devia ser cantada nos pátios das escolas. É um hino contra a soberba, que assola o país.
Algumas palavras para os seus leitores:
Leiam e se esqueçam dos livros empurrados goela abaixo, como às vezes fazem nas escolas. Sou Eça [de Queiroz] e tentaram que lesse A correspondência de Fradique Mendes. Detestei! E louvei muito Alves & Cia.
A obra Por onde eu for, levo a música é fruto do primeiro concurso literário da Arte Literária. Foram selecionados 20 talentosos autores, todos explorando o incrível universo da música e dos instrumentos musicais.
Sinopse
Presente em todas as culturas do mundo, a música tem o poder de transformar, alegrar, divertir, fazer pensar, levar ao debate, expressar opiniões, expressar resistência, rememorar momentos felizes ou tristes, mudar escolhas e até mesmo condutas. Por tais razões, este livro reúne os vencedores do nosso primeiro concurso literário, todos eles escritores incríveis, amantes da arte, da escrita e da música.
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